segunda-feira, 4 de agosto de 2025


Aniversário atrasado

Pela primeira vez desde a criação deste blog não consegui fazer uma postagem no dia do meu aniversário. A razão para isso é bastante curiosa, embora muito banal: eu estava doente. Ficar doente faz parte da existência dos vivos, eu sei. O curioso no caso é que fiquei muito doente logo no mês do meu aniversário, exatamente quando fiz mil e um planos de comemoração e festividade.

Por mais de três semanas estive as voltas com inúmeros remédios, idas frequentes ao hospital, bolsas de soro injetadas na veia e tanta dor que achei que não aguentaria. Tudo isso logo quando eu espera viver os melhores momentos do meu ano, curtindo uma viagem em família, reencontrando familiares e amigos, comendo minhas comidas preferidas, me esbaldando em diversão... Deu tudo tão errado que ainda estou em choque. Aliás, ainda estou com dor.

Mas finalmente cheguei na fase de recuperação e recebi mais uma oportunidade de viver meus melhores dias. O pior passou, as consequências ficaram, porém estou lidando com elas. Na minha agora, só fica aquela famosa frase do John Lennon:
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quarta-feira, 24 de julho de 2024


24 de Julho de 2024, quarta-feira

Meu aniversário em uma quarta-feira e eu só quero lembrar dessa música do Cazuza:

Livro depressivo na areia da praia
Eu banco o depressivo
Talvez você caia na minha rede um dia
Cheia de cacos de vidro, de cacos de vidro

E o galã não vê que é bombardeado
Com balas de hortelã, com balas de hortelã
E a santa milagrosa vê que Deus não dá esmola
Subitamente assalta, subitamente assalta

Quero que você me ame bastante
Daqui até a Constante Ramos
Vamos, vamos
Vamos lado a lado como dois gigantes
Enfrentando os ônibus

E o menino triste quer ser um herói
Mesmo um herói triste, mesmo um herói triste
E a dama sem cara das bolsas vazias
Sente um amor aflito, sente um amor aflito

Eu ando apaixonado por cachorros e bichas, duques e xerifes
Porque eles sabem que amar é abanar o rabo, é abanar o rabo
Lamber e dar a pata

E as mulatas sonham que são raptadas
Por sheiks alemães, por sheiks alemães
No escritório sonham que já é de tarde
Todas as manhãs, todas as manhãs


A vida é uma loucura.
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quarta-feira, 12 de junho de 2024


Resenha: Ligeiramente Seduzidos

Desde o início das resenhas da série Os Bedwyns tenho aguardado esse momento. Já falei o quanto admiro a escrita da Mary Balogh, mas eu ligeiramente detesto o quarto volume da série. Ligeiramente Seduzidos é o livro mais fraco dos seis e estou louca para dizer o porquê.
Título: Ligeiramente Seduzidos
Gênero: Romance de época
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 288

Série Os Bedwyns – 4

Sinopse: Jovem, estonteante e nascida em berço de ouro. É apenas isso que Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, enxerga em Morgan Bedwyn quando a conhece, num dos bailes da alta sociedade inglesa em Bruxelas.
Em circunstâncias normais, ele não olharia para ela duas vezes - prefere mulheres mais velhas e experientes. Porém, ao saber que Morgan é irmã de Wulfric Bedwyn, a quem Gervase culpa pelos nove anos que passou longe da Inglaterra, decide que ela é o instrumento perfeito para satisfazer seu desejo de vingança. Mas Morgan, apesar de jovem e inocente, também é independente e voluntariosa e, assim que entende as intenções do conde, se prepara para virar o jogo e deixar claro que não se deixará manipular por ninguém.
Em Ligeiramente Seduzidos, quarto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos brinda com mais uma história fascinante. Em uma trama repleta de traição e vingança, escândalo e sedução, ela mostra que o caminho para o amor pode ser difícil, mas que a recompensa faz cada passo valer a pena.
Na resenha do livro anterior, Ligeiramente Escandalosos, falei como Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras sem descambar para a esculhambação da pick me girl – termo popular para definir uma mulher que menospreza outras mulheres e características femininas apenas para parecer mais única e especial diante dos homens. Já em Ligeiramente Seduzidos, nossa (des)querida protagonista, Morgan Bedwyn, marca todos os pontos no bingo da pick me girl.

O enredo começa de maneira promissora. O cenário é a histórica primavera de 1815, em Bruxelas, capital da Bélgica. Napoleão Bonaparte fugiu de seu exílio na Ilha de Elba e a perspectiva de uma nova guerra contra os franceses paira sobre os países aliados à Inglaterra. Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, está em um salão de baile, tendo o que parece ser o seu primeiro contato com conterrâneos britânicos após nove anos afastado de sua terra natal.

Inicialmente, Gervase se apresenta de maneira diferente dos demais mocinhos da série. Nada de um homem orgulhoso, cheio de confiança e energia masculina. Ao contrário, Gervase expressa certa insegurança em meio aos ingleses. Um grande escândalo motivou seu afastamento da Inglaterra e ele demonstra temer como os outros vão reagir a sua presença.

Porém uma mudança abrupta acontece em Gervase quando vê a jovem lady Morgan Bedwyn. Não por ela fazer o checklist das características básicas de uma protagonista – bonita, adorável, elegante, feminina e por aí vai –, mas por causa do sobrenome dela. Bedwyn.

O escândalo que obrigou Gervase a abandonar a Inglaterra no passado foi “causado” por ninguém menos que Wulfric Bedwyn, duque de Bewcastle e irmão mais velho de Morgan. O simples pensamento em Wulfric faz Gervase basicamente mudar de personalidade de uma página para a outra. De um homem decidido a manter a discrição por se sentir meio tímido, ele vai direto para o canalha ressentido disposto a buscar vingança da forma mais pública e tosca possível.
Lady Morgan é a caçula dos irmãos Bedwyn. Aos 18 anos, acabou de ser apresentada à sociedade, o que foi uma experiência tediosa, pois, diferente das outras damas, ela detesta ficar de risadinhas e flertes com “jovens machos imaturos e cheios de espinhas”. Morgan é uma Bedwyn e fica feliz em lembrar disso a cada cinco páginas, afinal os Bedwyns são seres superiores, dotados de tenacidade, inteligência e desconsideração pelas regras opressoras da sociedade.

Na cabeça dela, ela é assim:

Na minha cabeça, ela é assim:

Ironicamente, foi um dos jovens machos imaturos, o capitão Gordon, que criou a oportunidade perfeita para Morgan viajar para Bruxelas e acompanhar de perto o turbilhão pré-guerra que tanto a fascina. Contudo, Morgan percebeu que a temporada social de Bruxelas era tão tediosa quanto a de Londres. As jovens damas eram frívolas e cabeças-ocas enquanto os jovens machos imaturos – não vou superar essa descrição tão cedo – insistiam em ignorar as extensas capacidades intelectuais da nossa pobre mocinha. Tadinha dela... *revira os olhos*

O único ponto positivo da viagem era a ausência do olhar constante de Wulfric sobre ela. Entre os cuidados da relapsa lady Caddick, mãe do capitão Gordon, e o ainda mais relapso Alleyne Bedwyn, irmão de Morgan, ela experimentou um tipo especial de liberdade.

E o que Morgam vai fazer com essa liberdade? Merda, é claro.

Quando Gervase é apresentado a ela no baile, Morgan não se impressiona com ele, porém o simples fato do capitão Gordon não querer que ela dance com Gervase faz Morgan aceitar o pedido. Ela é uma Bedwyn, contrariar as expectativas dos outros está em seu DNA. *revira os olhos de novo*

Durante uma valsa pra lá de escandalosa o casal tem seu primeiro tête-à-tête. O encontro acaba definindo o teor dos encontros futuros, nos quais Gervase está sempre buscando envolver Morgan em situações comprometedoras para se vingar de Wulfric e Morgan está sempre querendo provar o quanto é madura, independente, corajosa e qualquer outra característica que infle seu ego Bedwyn.
E aqui começa a minha tese sobre o porquê de Ligeiramente Seduzidos ser o livro mais fraco da série.

Argumento 1: Morgan é uma pick me girl tonta demais para ser tão arrogante.

No livro anterior, o grande diferencial de Freyja era sua capacidade de tomar decisões por si só. Todas as confusões nas quais ela se envolveu foram consequências de ações tomadas por livre e espontânea vontade. Morgan é o extremo oposto. Apesar das 200 vezes em que se declarou diferente das damas de sua idade, ela foi manipulada por Gervase como qualquer outra garota ingênua e inexperiente de 18 anos. E quando o mundo inteiro apontou o que Gervase estava fazendo, Morgan não só o defendeu como deu brechas para cair nas artimanhas dele de novo. Alguém dê o certificado de otária para essa garota.

Argumento 2: Gervase é patético.

Ok, a história de Gervase é lamentável. Ele foi acusado de um crime que não cometeu e pagou caro por isso. Porém, é difícil se conectar com um personagem cujo único traço de personalidade é uma obsessão pelo Wulfric. Se essa fosse uma história de vingança real até seria compreensível, mas fica evidente que Gervase não tem capacidade para elaborar uma vingança direta contra Wulfric, por isso mirou no alvo mais fraco à disposição. As atitudes dele são ainda mais imaturas do que as de Morgan, num vai e vem melodramático de “eu vou usar essa garota na minha vingança” e “oh, não, estou sendo malvado, devo deixar a garota em paz”. O cara tem 30 anos! Devia arrumar uma ocupação decente na vida em vez de atormentar meninas.

ALERTA DE SPOILER NO ARGUMENTO 3

Argumento 3: Wulfric nunca mereceu o ódio de Gervase.

Na primeira vez que li Ligeiramente Seduzidos fiquei ansiosa para saber o que Wulfric tinha feito com Gervase. Eles pareciam ter sido grandes amigos até a traição do duque destruir a relação. Contudo, conforme a história se desenvolvia a participação de Wulfric no exílio de Gervase diminuía. Pior, em certo ponto o próprio Gervase afirma que “fazia parte do círculo mais afastado de amigos dele [Wulfric], com a esperança de um dia ser admitido no grupo de amigos íntimos” (pág. 196). Dá pra acreditar? Eles mal eram amigos! Ainda assim Gervase age como se as atitudes de Wulfric fossem piores do que a dos verdadeiros responsáveis pela sua expulsão da Inglaterra. O mais engraçado é que o único a se tornar alvo de vinganças é o Wulfric.
Conclusão: Um casal sem carisma em um romance confuso.

Não dá pra levar o relacionamento desse casal a sério. Os 12 anos de idade entre eles fazem, sim, grande diferença. Fora que a obsessão de Gervase com Wulfric tem uma energia de paixão não correspondida. Nada me tira da cabeça que a verdadeira razão para ele investir em Morgan era o desejo desesperado de estabelecer uma relação com o irmão dela, mesmo que seja apenas de cunhados.

Ligeiramente Seduzidos é a prova de que até as escritoras mais talentosas dão suas escorregadas. Mary Balogh recria cenários históricos com primor, mas nem isso é capaz de salvar essa história. Infelizmente, a leitura é necessária para entender melhor os acontecimentos do próximo livro. Se não fosse por isso, eu diria para os leitores da série simplesmente ignorarem esse volume. É o que pretendo fazer a partir agora.



Resenhas anteriores da série Os Bedwyns:
1- Ligeiramente Casados
2- Ligeiramente Maliciosos
3- Ligeiramente Escandalosos
4- Ligeiramente Seduzidos (atual)
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quarta-feira, 24 de abril de 2024


Resenha: Ligeiramente Escandalosos

Ligeiramente Escandalosos é o terceiro volume da série Os Bedwyns, da Mary Balogh. Quando li pela primeira vez, um tempão atrás, achei a história mediana. Após a segunda leitura, percebi que sem sombra de dúvidas esse é o melhor livro da série e preciso explicar o porquê. Vamos pra resenha!
Título: Ligeiramente Escandalosos
Gênero: Romance de época
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 288

Série Os Bedwyns – 3

Sinopse: Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa até mesmo do amor. Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata.
Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima. Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.
Neste terceiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh se aprofunda ainda mais nos segredos e desejos dessa família incomum e extremamente sensual.
Lady Freyja Bedwyn foi uma figura recorrente na série até agora. No primeiro livro, ela esteve lá para celebrar a forma como Eve contrariou as expectativas durante sua apresentação à rainha. No segundo livro, ela acompanhou Judith em sua busca pelo irmão caloteiro. Chegamos ao terceiro livro conhecendo bem a essência da personagem de Freyja: ela não é como as outras damas.

Porém, um mero “ela é diferente das outras” já é um dos grandes clichês dos romances atuais. Na verdade, a ideia apenas reflete um fenômeno conhecido na internet pelo termo “pick me girl” (a garota me escolha, em tradução livre). A pick me girl é uma mulher que busca ser diferente das outras mulheres para ganhar aprovação masculina. Ela detesta coisas de mulherzinha, como maquiagem e moda; prefere as atividades masculinas que a permitem estar na companhia dos homens – porque as outras mulheres são todas falsas e chatas.
Por um longo tempo acreditei que Freyja era uma versão de época da pick me girl. Nos livros anteriores a vemos cercada por seus irmãos homens, fazendo coisas de homens e desdenhando de tudo relacionado ao feminino. Eu não gostava muito dela. Até iniciar essa leitura...

Ligeiramente Escandalosos começa com Freyja no meio de uma viagem. Ela e sua comitiva de empregados foram obrigados a passar a noite em uma estalagem de qualidade duvidosa. As portas dos quartos não tem tranca, o que põem em risco a segurança da irmã do duque de Bewcastle. Mas quem disse que Freyja se importa? Ela é uma lady destemida, impetuosa, de gênio forte. Não precisa e nem quer a companhia da criada que ronca como um burro morrendo. Freyja decide dormir sozinha, e não sente um pingo de medo do quarto ser invadido por um malfeitor.

O problema é que no meio da noite o quarto é invadido.

O invasor é Joshua Moore, marquês de Hallmare. Ele não é um malfeitor, e sim um galanteador do tipo aventureiro. Sua última conquista foi uma bela jovem que conheceu no salão da estalagem. Quando os dois estavam no meio do vuco-vuco, o pai da jovem apareceu para cobrar Joshua pelo atentado à “castidade” da moça. Tudo não passava de uma cilada para arrancar dinheiro do marquês. Joshua, desesperado para fugir do flagrante, se escondeu no primeiro lugar que encontrou: o quarto da Freyja.

E assim acontece o primeiro encontro desse casalzão. Absurdo, né? Mas simplesmente perfeito.

A interação dos dois é engraçadíssima. Joshua não consegue se conter e joga charme para Freyja. Ela fica furiosa com a petulância e ousadia dele, e quase o entrega para seus perseguidores. Quase. No fim, Joshua rouba um beijo dela e Freyja o atinge com um dos seus famigerados socos. A cena é fantástica!

Após as desventuras da madrugada, Freyja e Joshua seguem seus respectivos caminhos. E qual é o destino? A pacata cidade de Bath, aonde ambos esperam passar dias longos e tediosos. Uma expectativa que dura só o tempo deles voltarem a se encontrar. Depois disso, cada encontro os faz ter mais certeza de que a melhor maneira de matar o tédio é estarem juntos.

Essa fase de conhecer um ao outro traz vários momentos icônicos do casal, embora dure um pouco mais do que eu gostaria. O grande plot do enredo é o noivado de mentira que eles inventam para livrar Joshua das maquinações de sua tia, mas essa reviravolta só acontece lá pro capítulo 8. Pessoalmente, considero que uma história começa pra valer quando o plot principal se apresenta. Esperar oito capítulos para o enredo engrenar é um teste de paciência.

Depois do anúncio do noivado, a história deslancha de verdade. Freyja e Joshua descobrem que sair desse falso relacionamento será um desafio de resistência, pois o mundo parece conspirar para mantê-los atados um ao outro.

E é aqui que eu declaro: Sim, Freyja é diferente das outras damas. Não porque ela gosta de correr a cavalo ou dar socos em quem a incomoda. Isso pouco importa. Freyja é diferente das outras porque ela tem agência.

Agência, no sentido formal, significa capacidade de agir. Uma pessoa dotada de agência é uma pessoa capaz de fazer coisas, de tomar decisões, de escolher qual música vai dançar no grande e caótico baile da vida.

Freyja é essa pessoa.

Voltando aos livros anteriores, vemos Eve ser coagida a casar com Aidan para não perder a sua casa e Judith ser obrigada a deixar sua família para servir como mão de obra não remunerada. Elas não tiveram escolha, apenas foram empurradas para uma série de situações nada agradáveis. Freyja é diferente. Ela viaja para Bath por conta própria. As razões da viagem são questões pessoais dela, ninguém lhe diz para ir ou tenta impedir que ela vá. Ela sente que o melhor para si mesma é se afastar de casa por um tempo, e assim o faz.

A partir daí podemos ver o quanto Freyja é livre para fazer suas escolhas, sejam elas simples como ir sozinha passear no parque ou algo maluco como embarcar em um noivado de mentira. Meu coração ficou quentinho quando Joshua sugeriu o noivado falso e Freyja aceitou por achar que seria divertido. Não houve pressão alguma em cima dela, só uma proposta irresistível de ferrar os planos da tia de Joshua. Nesse ponto, tive certeza do quanto eles eram perfeitos um para o outro.

Joshua tem uma personalidade forte o bastante para fazer frente a Freyja, porém ele nunca tenta subjugá-la ou reprimi-la. Ao contrário, ele oferece ainda mais liberdade para ela fazer o que quer fazer. Quem não adoraria ter um parceiro desses?
Sei que essa resenha já está mais longa do que o normal, mas não posso deixar de citar outra coisa que me encanta nesse livro: Freyja é uma mocinha feia. Veja bem, não é o caso dela se achar feia e na realidade ser uma beleza exótica – ainda não engoli as lamúrias da Judith. Freyja realmente não atende aos padrões de beleza. Ela sabe disso e, o mais legal de tudo, não dá a miníma. Em certo momento, ela até comenta que quem não gosta de sua aparência pode muito bem olhar para outro lado. Como não amar essa mulher?

O mais interessante é que Joshua está no extremo oposto, sendo provavelmente o homem mais bonito desta série – para ser mais precisa, ele é o equivalente masculino da Judith, mas sem a baixa autoestima.
Há vários outros elementos em Ligeiramente Escandalosos que eu adoraria comentar e analisar. As descrições dos cenários, o desenvolvimento dos personagens e seu relacionamento, a presença de personagens neurodivergentes, as reviravoltas da trama... Bem, há de se admirar a riqueza da escrita da Mary Balogh. Super indico os livros dela, mas principalmente esse aqui. Leiam! Não vão se arrepender.



Resenhas anteriores da série Os Bedwyns:
1- Ligeiramente Casados
2- Ligeiramente Maliciosos
3- Ligeiramente Escandalosos (atual)
4- Ligeiramente Seduzidos
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